sábado, julho 11, 2009

manhã fresca

Levantei-me o mais cuidadosamente que pude na escuridão do quarto. Velo o seu sono matinal como me predisponho a velar a sua vida. Como se fosse minha. Há vezes em que me revejo assim: na exaltação dos sentimentos-carne. A minha pele está macia. Ainda respira nela a bem-aventurança dos óleos da massagem de ontem. Exaltação dos spas também. Saímos os dois com a pele macia, fresca, em festa, ela ainda ouviu um piropo da massagista, a sua pele parece a de uma menina. A minha menina. Sento-me aqui no pátio à sua espera, velando-a. Vai ser sempre assim.

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